quando o mar chama,
a gente não consegue resistir.
quando nos juntamos, o mar muda de cor.
essa é a primeira maré e ela só existe porque você está aqui.
vai ser o nosso ponto de encontro, onde a vida não precisa ser apressada e as palavras têm tempo de respirar.
a maré nasceu da necessidade de falar sobre o que nos atravessa e, tantas vezes, a gente engole para não incomodar.
eu não queria mais guardar essas coisas no peito e também não queria que outras mulheres precisassem guardar.
não nasceu para ser um monólogo, mas para ser uma mesa comprida, com cadeira para todas, onde a gente fala, escuta e se reconhece.
é espaço de conversa política e social, mas também de colo, risada, pausa e respiro.
não tem script, não tem filtro para parecer perfeita, até porque não queremos que seja.
aqui, o que importa é a verdade de cada uma mesmo quando ela é bagunçada.
a maré existe para lembrar que silêncio nenhum é natural, que a gente pode desafiar padrões e que nenhuma mulher muda o mundo sozinha mas, juntas, podemos virar a maré.
e já que estamos aqui, quero te lembrar de uma coisa: nenhuma voz se perde. cada história encontra eco.
se essa maré fez sentido pra você, mostre para outras mulheres que também precisam estar aqui. a maré é mais bonita quando cresce.
entre uma edição e outra, lembre-se: nenhuma de nós está sozinha na travessia. a maré segue viva nas conversas, nos olhares e nos silêncios que compartilhamos.
vou ficar muito feliz com qualquer resposta que receber, seja um pensamento solto, uma história, uma reação ou só um “oi”.
a próxima maré sai ainda neste mês, e já posso dizer que outras mulheres vão estar nela, soltando suas vozes.
até a primeira onda,
nathalia e todas as mulheres que estão por vir
oie! ainda não acabou, posso dizer que esse é um extra? escrevi a primeira parte para ser realmente um texto de abertura para todas as outras edições e agora até me atrasei no horário da postagem porque senti necessidade de falar um pouco mais. abrindo toda minha vulnerabilidade aqui para quem quiser ler, que a maré agora é uma newsletter, mas ela vai ser muito mais e quero todas vocês junto comigo, aprendi que sozinha não se vai a lugar algum e que com companhia fica tudo mais fácil (ou pelo menos difícil). a questão é que na minha profissão o meu propósito é transformar a sociedade em um lugar confortável para as mulheres e eu percebi que precisava abranger isso além da nutrição e claro, acompanhada. passei por momentos difíceis (como todo mundo) e sempre que conto para alguém dizem com certo espanto “nossa, tudo isso sozinha, que forte”. não me acho forte, me achei fraca e sozinha. ah, sozinha porque tenho aquela síndrome da mulher neoliberal sabe? que consegue tudo e dá conta de tudo… tem mais alguém nesse cardume assim? me contem :) depois todos altos e baixos, me recuperando de mais um processo, me sinto mais viva e não quero que nunca mais nenhuma mulher se sinta sozinha, não importa a situação. a maré vai ser esse espaço seguro e eu quero muito que vocês estejam junto comigo. agora sim acabou e esse mês tem mais!


Tu é uma mulher forte? Sim! Precisa ser forte sempre? Jamais! E essa é a nossa dor, as mulheres superpoderosas que não se abalam e não precisam (leia-se não conseguem pedir)de ajuda! Que coisa linda se pudéssemos assumir a nossa vulnerabilidade assim como tu aqui na Maré e entendermos que juntas, somos ainda mais apoio, acolhimento, fortaleza, mais cuidadas e mais potentes! Tu sabe que eu te amo e a Maré é um respiro de mar calmo no turbilhão da tua vida (e que turbilhão né?), e que com uma transformação interna imensa (tua), acaricia a nós leitoras que nos identificamos com cada palavra escrita com essa maresia leve! A dor ressignificada em cura plural é a cura mais linda que existe!Vida longa à Maré e muita luz pra essa potência de mulher que é a minha amiga Nath ❤️
Eu sei que foi apenas o texto de abertura, mas já me comovi. Na nossa ultima sessão falamos sobre esse se sentir sozinha e ser "a forte" quando nos calamos para não envergonhar ou não incomodar ninguém.
Que bom achar esse lugar com o propósito de nos juntarmos aqui!
Muito sucesso, Nat!
Tenho certeza que força essa iniciativa, já tem! Ou melhor, já temos!